Tu sabes o que quer? Tu
navegas em leitos morosos;
fazes moradia do oposto
de tudo o que projetaste
como oficial eleito gosto.
Agarras o fio da meada
com afiados unhas e dentes;
te fazes presente na fração
temporal do fim da pupila
ocular camuflada em lentes.
Tu és tão ordinária quanto
o que rejeitas de quem
te cerca; é temporário
teu libertário ímpeto
e conforta-te a reclusão.
Repressão é a tua magna lei:
são todos passageiros, os fatos,
retratos, contatos, relatos -
arquivos mortos de uma progressão
sem final.
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